estória §45


Mais um ano que está prestes a chegar ao fim. Mais um ano chei de tantas coisas. Boas. Menos boas. Mas um ano que foi repleto de tanta coisa das quais fica sempre alguma lembrança. Aconteceu-te tanta coisa diferente, não foi? Algumas que te deixaram com um sorriso na cara. Outras com a lágrima ao canto do olho. Outras que te fizeram sentir inseguro, perdido e com medo. Passaste por algumas sozinho. Por outras na companhia daqueles que mais gostas e que te deixam feliz. Outras situações foram apenas breves momentos mas que significaram muito e dos quais não te vais esquecer. Passaste por elas e elas deixaram alguma marca em ti. Fazem agora parte de ti e tu já não és a mesma pessoa por teres passado por essas coisas. Vamos mudando ao longo do tempo. Pelos acontecimentos. Pelos momentos. Pelas pessoas. Pelo que elas deixam em nós. Pelo que elas nos fazem. Pelo que elas levam de nós. Por tudo. E é por tudo isso que também vivemos. Tudo isso faz parte do caminho que temos que percorrar. Se não acontecessem estas coisas não valia a pena viver. Mesmo pelas coisas menos boas. Aprendemos sempre alguma coisa. Ganhamos sempre de alguma maneira. Cresces com o que te acontece. E isso torna-te mais forte. Mais confiante. E no fim, mais feliz!
Sê feliz! Sê feliz com tudo o que a vida de traz. Não tenhas medo. Não fujas do que não tens a certeza. Do que é novo. Do que não conheces. Arrisca e vais ver que há sempre algo de bom. Aprende a confiar na vida. As coisas não acontecem por acaso, pelo menos eu acredito que não e quero acreditar que não! Acho que tudo tem uma razão de ser, mesmo que não a percebas de imediato. E dá valor a isso. Afinal, é a tua vida! Se não arriscares, podes ter a certeza que perdes, isso está garantido. Sendo assim, não deixes fugir nada daqui para a frente. Agarra tudo! E mais uma vez sê feliz! E deixa feliz também aqueles que mais gostas!

Beijos@
*Feliz Natal e Bom Ano Novo*

estória §44



Eu gostava de ter uma dada de coisas! É verdade! Eu gostava de ter irmãos. Dos meus pais terem uma casa deles. De ter um cão "normal". De ir de férias para onde eu quisesse. De viajar fora de Portugal. De ter um mini ou um carocha. De ter todas as roupas que eu vejo e que gosto. De chegar às lojas, escolhar e comprar. De ter quem me dissesse sempre sim. De ter quem concordasse sempre comigo. De ter alguém sempre a meu lado. De poder sair com destino incerto. Mas quem não tem as suas coisas? Mas quem não gostava de ter isto ou aquilo, ou isto e aquilo, ou tudo? Mas eu adoro ter amigos que são como irmãos. Adoro morar na casa onde moro e viver aqui. Adoro a minha menina medricas e maluca com um olho de cada cor. Adoro ir a Provezende, Erada, Altura. Adoro ir a casa dos meus amigos. Adoro passear por todo o lado. Adoro o meu JX. Adoro as roupas que tenho. E adoro também não poder ter todas as que queria. Adoro ter os que me percebem, ajudam, contraiam e apoiam. Adoro ter os meus amigos que podem não ser muitos mas eu sei que são de verdade. Adoro saber onde vou, com quem vou e quando volto para casa. Adoro tudo isto e gostava de ter aquilo. Mas também quem disse que não posso ter? Agora não tenho, é verdade. Mas posso vir a ter. Nunca se sabe o que vem amanha. Pode ser que um dia mais tarde eu tenha. Pode ser que algumas daquelas coisas eu encontre pelo caminho. E poder dizer que eu adoro isso.

estória §43


Entendi que existe uma grande diferença entre imaginar algo ou realizar algo. Na verdade, estes dois processos acontecem em planos muito distintos. Não há grande problema em imaginar e criar coisas na nossa mente, se não esquecermos que são os nossos actos que ditam quem nós somos. Se nos esquecermos de viver, a imaginação será uma prisam. Uma prisão dentro dos nossos próprios pensamentos. Tudo tem o seu tempo. Há um tempo para imaginar e um tempo para realizar.
*Ricardo Antunes

Foi bom ouvir (ler) esta frase. Não posso esquecer isto. Pois tenho noção que por vezes me perco nos meus pensamentos. Fico detida neles. Presa a eles. Neles. Acho que é um defeito meu. Um daqueles defeitos que vira feitio. E acaba por fazer parte da pessoa. Sonhar acordade é parte de mim. Apenas (só) tenho que por um limite a isso. A viver na e da imaginação. Sabe tão bem. Criar coisas na nossa mente. Ter uma espécie de vivência das coisas que só acontecem lá. Digo só. Porque algumas apenas ficam na nossa mente. Imaginamos coisas que são muito difíceis de realizar. Que se realizem. Todos nós temos alturas assim. Um tempo assim. Imaginar tudo e mais alguma coisa. O que no fundo queremos para nós. O que queremos experimentar. Viver. Mas que é díficil na vida real. Sabe tão bem. E pode fazer tão mal. Podemos correr o (grande) risco de ficarmos presos a isso. De não conseguirmos viver em condições devido a esse mundo imaginário. Dependentes tal como se fosse uma droga. E acabamos por nos focar tanto nisso que a vida passa ao lado. E nós? Nós não damos conta. Ou quando damos já é tarde. Já podiamos ter feito outras coisas. Já podiamos ter estado com outras pessoas. Além daquelas que fazem parte das nossas histórias. Não podes ficar apenas no teu mundo de sonhos. De pensamentos. Há tempo para tudo. Há um tempo para imaginar e um tempo para realizar. E acho que está na altura deste último. A imaginação disso já durou muito. De mais. Acredita. Às vezes tens que ter força para deitar mãos ao trabalho. À vida. Olha à tua volta. Vê o que tens. Vê quem tens. E não te esqueças de viver. Apanha o que puderes. Porque se só imaginares, acabas por viver na ilusão. Acabas por viver uma vida que não é a tua. Não vives. Sonha. Imagina. Mas em quantidade qb. Em quantidade moderada. É como o álcool. Se bem que às vezes há com cada bebedeira..
E não te esqueças de viver. (Não esqueço!)

estória §42


É muito tempo a desejar o tempo, de mudar ventos, levantar marés. É muita vida a desejar o alento que faz saber ao certo quem és. (..) A vida rasga bocadinhos gastos do mundo, vai descascando até chegar a nós. (..) Não é urgente correr, não é urgente chegar. O que é preciso é viver.
*Mafalda Veiga

Não importa aonde vais chegar. O que vais conseguir alcançar. Não importa comparado ao caminho que fazes. Pelo que passas. Por quem conheces e descobres. Não importa comparado a todos os momentos que já viveste e a todos os que vais viver. O que importa é mesmo o caminho percorrido. O que está à tua volta. O momento em que escolhes ir para a esquerda e não para a direita. Isso é que muda tudo na tua vida. Não propriamente a meta. Tal decisão pode alterar a tua meta. Isso sim. Não importa a qual meta vais tu chegar. Se é a que sempre pensaste. A que idealizaste. Importa tudo até lá. Importa o como corres nesta corrida. Se consegues ultrapassar os obstáculos que nela se encontram. Como os ultrapassas. E não quanto tempo demoras a ultrapassá-los. Não te sintas apressada. Tem calma. Corre devagar nesta corrida que é viver. Vai devagar sem pressa para chegar. Sem pressa para saberes quem és. Porque isso tu vais descobrindo ao caminhar. Vais descobrir quem és por todos os teus passos. Pelo que escolhes. Por quem escolhes ter ao teu lado. E é isto o importante desta corrida. A meta é simplesmente um local onde tens de chegar com a tua bagagem. Não é assim nada de especial. Não especules muito nisso. Sonha com a viagem até lá. Nisso vale a pena investir. É a tua bagagem. É o que realmente és de verdade. Não és apenas o que és quando chegas à meta. És isso e mais o que está para trás e o que tens dentro de ti. És a vida que viveste. Por isso, fá-lo sem pressas, sem urgência. Tenta viver apenas. Caminhar apenas. Sem pressa de chegar.
A meta é simplesmente um local onde tens que chegar com a tua bagagem.

estória §41


Às vezes estamos assim na vida. Temos vários momentos. Uns melhores, outros menos bons, outros mesmo maus. Mas também necessários. Uns mais atarefados, outros com mais tempo para nós e para os nossos botões. E temos que os viver a todos. Não podemos fugir de nenhum. Não podemos fazer batota. Não dá, simplesmente. Mesmo que pensemos que sim. Mas não conseguimos. E o melhor que podemos fazer é olhar para isso e ver o que tem de melhor. O que é bom lá. Tirar o melhor partido de algo. De alguém. Da situação. Do momento. Deixar que as coisas boas fiquem. E as menos boas que adormeçam. Se escondam. Até as esquecermos. As esquecermos quando formos capazes de pensar naquilo e isso ser algo normal. Que não nos afecte tanto. Porque há coisas que temos mesmo que esquecer. Para ganharmos espaço para coisas novas e para as antigas que realmente temos que guardar. Sim. Porque há coisas que são boas de guardar. Relembrar. Ficar feita parva com aquele sorriso na cara de quem está perdido nos seus pensamentos. Num mundo que só ele sabe. É bom ficar assim. É bom podermos ficar perdidos em nós mesmos. E também é bom poder partilhar isso com outros. Outros que são importantes para nós. Que muitos deles são essas mesmas recordações. Estão nesses momentos. E é bom reviver com eles isso tudo. Reviver e poder idealizar outros novos momentos. Acabar por fazer pequenos planos para o futuro. Com aqueles de quem gostamos e que são importantes. Mas sem nos darmos conta de tal. Poder imaginar e sonhar de olhos abertos. Sem ter medo de cair lá da nuvém aos trambolhões. Acreditar que pequenos sonhos se podem mesmo tornar realidade. É bom sentirmos isso. É bom acreditar piamente nisso. Termos sempre dentro de nós um bocadinho da criança que fomos. Sermos um bocadinho criança às vezes. Brincadeiras. Rambóia. Sermos felizes. Eternamente felizes nesses momentos. E podermos estar com um sorriso na cara tal e qual como uma criança. Inocente. Sem preocupações. Apenas com o pensamentos nos amigos e brincadeiras. São os melhores momentos da vida. Aqueles que não temos que esquecer. Aqueles que devem servir de molde para outros. Porque quando os deixarmos de ter, a vida perde um bocado de graça. Perde muito. E se ela perde, nós perdemos também. E não tem piada nenhuma perder assim. Perder isso.

estória §40


Com isto quero dizer que há momentos em que talvez valha a pena esperar antes de uma pessoa se atirar de mergulho. Até porque podem acontecer coisas piores do que a àgua estar fria; a piscina pode estar vazia. E espera é o tempo, é deixar crescer aquilo que há-de ser. É sempre pouco quando há muito para dar e receber.
*Margarida Rebelo Pinto

Às vezes o melhor é mesmo esperares. Quando não sabes bem o que fazer, não há nada melhor do que isso. Ouve-me. Espera. Não faças nada de cabeça quente. Porque pode não ser o melhor para ti. Podes pensar que é. Mas depois a piscina pode estar vazia. E aí é um grande trambolhão. A tua cabeça está a mil à hora. As ideias e pensamentos andam a chocar uns contra os outros. E acabas por não perceber nada do que tu própria queres. Ou pensas que queres. Assim é melhor deixar o tempo correr um bocado. Abre a janela. Não faças a cama. Deixa que tudo tome um pouco de ar. Senta-te no chão. Fecha os olhos. Respira fundo. E espera. As ideias hão-de ir ao sítio de alguma maneira. Espera e vê o tempo. Isso vai dar frutos. Vai crescer o que tem que crescer. Porque quando semeias algo também tens que dar um tempo para que possa brutar da terra e crescer saudavelmente. Com esses teus pensamentos também se passa isso. Semeaste-os a todos e agora tens que deixar crescer o que há-de ser.
Abre a janela. Deixa que tudo tome um pouco de ar. E dá tempo.

estória §39


Trazes o tempo desfeito no que procuras em ti. Se olhares no fundo do peito, saberás quem és mesmo até ao fim. Faz parte ser um pouco perdido, faz parte começar outra vez, faz parte ir atrás dos sentidos e voar a sentir o mundo na ponta dos pés. 
*Mafalda Veiga

Também isto faz parte da vida. Não tens sempre que ter a certeza de quem és. O que queres. Para onde vais. Porque vais ou porque gostas. Porque acontece. Não tens que saber tudo de ti. Às vezes acontece. Ficar-se assim. Desfazes-te por dentro. Perdeste-te no tempo. O coração está aos bocadinhos e no chão à tua frente. Acontece sentires-te perdida. E passado uns tempos, olhas para ti. Olhas para as peças do puzzle e descobres uma maneira de o montar. Olhas para o fundo. Vês mais do que aquilo que está à tua frente. Vês a imagem completa. Vês o princípio, o meio e o fim. E tens a oportunidade de começar outra vez. Fazeres um novo caminho. Redescobrires-te. Sentires como se fosse a primeira vez. E ganhas a força que precisas para isso. Vais atrás de tudo o que sonhas. Dos sentidos. E ficas tão leve que te sentes capaz de o fazer. Voar. A sentir o mundo na ponta dos pés.
Acontece sentires-te perdida.

estória §38


Nesse céu onde o olhar é uma asa que não voa, esmorece e cai no mar. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia, perfeito meu coração. Se um olhar de novo brilho no meu olhar se enlaçasse.. Que perfeito coração morreria no meu peito, meu amor na tua mão, nessa mão onde perfeito bateu o meu coração. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia, perfeito meu coração. 
*Amália Hoje

Vão e vêm. Como tudo na vida. Alguns ficam por um tempo. Dias, meses, anos, décadas. Mas acabam todos por ir. Enquanto ficam, enquanto estão connosco. O nosso coração cabe perfeito na mão do outro. Bate num compasso perfeito com o do outro. Perfeito. É tudo perfeito. E chega a altura em que já não se voa mais nesse sentido. Já não é perfeito. E fica então vazia, a mão onde perfeito bateu o coração. Fica assim por um tempo. Até que o nosso olhar encontra outro. Um novo olhar que fica preso ao nosso. E descobre-se um nova mão onde o nosso coração cabe perfeito, onde bate perfeito.
De novo tudo perfeito.

estória §37


Atira para a Lua, e se não acertares, ainda estarás entre as Estrelas.
Pede a Lua. 
*Cecelia Ahem

Sim. Quando pedires uma coisa, pede em grande. Arrisca tudo. Dá tudo por tudo. Pensa que podes ter tudo. Como uma criança que sonha sem parar. Pensa que tudo é teu. Que tudo pode ser teu. Basta atirares para a Lua. Poderás estar a pensar que também sonhar de mais, querer demais.. A queda depois pode ser grande. O tiro pode sair pela culatra. Sim. É verdade. Acontece. Mas quando tiveres alguma segurança. Quando acreditares que não vais cair. Nessa situação, atira para a Lua. Parece difícil de alcançar, de chegar lá. Mas nunca sabes onde chegarás. E depois se não conseguires o que queres.. Tens sempre as Estrelas. Também podes pedir a Lua quando tudo te parece tão difícil. A probabilidade de cair é maior, sim. Mas às vezes sonhar sabe tão bem. E melhor: faz tão bem. Por momentos esqueces as preocupações e voas em direcção ao céu. Depois só tens de ir acordando devagarinho. Assim não custa tanto.
E depois se não conseguires o que queres.. Tens sempre as Estrelas.

estória §36


Mas não fiques quieta, à espera que a vida te traga respostas. A vida é tua, tens de ser tu a vivê-la, não podes deixar que ela passe por ti, tu é que passas por ela. E quando todas as laranjas caírem, apanha-as com cuidado, guarda-as num cesto e muda de profissão. O circo é para quem não tem casa nem país, não é vida para ninguém. Guarda as laranjas num cesto, leva-as para casa e faz um bolo de saudades para esquecer a mágoa. E nunca deixes de sonhar que, um dia, tal como eu, vais encontrar alguém mais próximo e mais generoso, que te ensine a ser feliz, mesmo com todas as pedras que encontrarem no caminho. Larga as laranjas e muda de vida. A vida vai mudar contigo. 
*Margarida Rebelo Pinto

Alguém mais próximo e mais generoso. Que te ensine a ser feliz. Mesmo com todas as pedras que encontrarem no caminho. Gosto de pensar que vai ser assim para todos. Há sempre alguém para alguém. E quando o alguém que temos não é esse alguém, apanha as laranjas que cairam. Não fiques a olhar para o que aconteceu. Segue em frente. Vive. Tomo outro caminho. Pega nas laranjas e faz um bolo. Um bolo de saudade. Que ajuda a esquecer essa tristeza. Que te saiba tão bem como os tempos atrás. Porque é sempre bom. E é apenas isso que tens que guardar. São essas as laranjas que cairam por terra. São essas laranjas que apanhas e colocas num cesto e levas para casa. Depois do bolo, segues em frente. Não ficas para sempre a fazer bolos. Não podes. Pois de certeza que terás mais laranjas para apanhar e guardar. E um dia terás esse alguém. E a tua vida deixa de ser um circo. Passas a ter um sítio. Uma casa. Mudas-te de vida e ela mudou contigo. Fica sempre com isto em mente. Sonha com isto que te tornas mais perto de o alcançar. Quero pensar que sim.
Guarda as laranjas num cesto. Levas-as para casa. E faz um bolo de saudades. Para esquecer a mágoa.


estória §35


Escrever. Era isso que queria. Mas não sabia o quê. Então alguém disse: escreve para mim. Acho que é um bom motivo para escrever. Pensar numa pessoa e escrever o que no fundo ela nos diz. O que ela nos faz lembrar. Sentir. Viver. Todas as pessoas têm esse efeito em cada um de nós. Umas deixam-nos alegres, com uma sensação boa, com um sorriso quando pensamos qe vamos tar com ela. Fazem-nos bem à alma e ao ego. Já outras têm o efieto oposto. E não as podemos ver nem pintadas, como se costuma dizer. Também há outras que pronto, não têm muito efeito em nós, às vezes não percebemos se nos fazem bem ou não. Se são importantes ou não.

«Escreve para mim». Este alguém é sem dúvida uma daquelas pessoas importantes. Que nos dão uma sensação boa. Que nos fazem bem à alma e ao ego. É espeical para mim. Querida. A melhor amiga. Aquela com quem posso contar. Com quem já passei muito tempo. E com quem espero passar muito mais. É certo como tudo, como com todas as pessoas, não temos que concordar com tudo, não temos que gostar das mesmas coisas. Mas é bom sermos diferentes e no entanto compreendermo-nos. Passarmos por coisas parecidas. E estarmos lá uma para a outra. Isso é que é importante. Saber que temos lá um ombro amigo. Que nos diz coisas que por vezes sabemos, mas não sabemos. Mas também é fundamental nos momentos de brincadeira. Aquelas noitas fantásticas. Aquelas conversas nossas. As nossas coisas.
É bom termos pessoas assim na nossa vida. Torna-se tudo mais fácil. Os dias correm melhores. E nem quero imgainar como seria se não pudesse ter assim pessoas na minha vida.

estória §34


O que é pior, novas feridas que são horrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deviam ter sarado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez as velhas feridas nos ensinem algo. Elas lembram-nos onde estivemos e o que superámos. Ensinam-nos lições sobre o que evitar no futuro. É como gostamos de pensar. Mas não é o que acontece? Algumas coisas nós apenas temos que aprender de novo, e de novo, e de novo... 
*Anatomia de Grey

Também não sei o que é pior. Ferirmo-nos novamente ou suportarmos as que já tinhamos. Essas que nos ensinaram alguma coisa. Que nos lembrar algo bom ou menos bom. Porque as feridas podem fazer lembrar alguma coisa boa. No momento até pode ter sido mau. Mas depois ficam as coisas boas que isso trouxe. Sim, primeiro podemos ter de sofrer. Mas o tempo passa e aprendemos apenas a relembrar aquilo que nos deixa com um sorriso na cara, que nos deixa com um ar parvo. Há feridas boas. Mas depois também às menos boas. Aquelas que nos custam quando nos lembramos delas. No fim, aprendemos algo com elas. Podemos é não aprender para toda a vida. E aí já se sabe. Lá temos nós que aprender de novo. Lá vêm feridas novas. Lá vamos nós se calhar sofrer. Depois passa o tempo. Isto transforma-se numa velha ferida. E tornamos a lembrar algo. Mais um conselho para o futuro. Onde no entanto podemos cometer exactamente o mesmo erro. A mesma ferida vai aparecer.
Algumas coisas nós apenas temos que aprender de novo, e de novo, e de novo...

estória §33


Para se ser feliz, nada melhor do que trocar preocupações por ocupações. 
*Masteeline


Preocupações só nos dão cabo da cabeça. Não nos deixam ir. Seguir caminho. Parece que ficamos sempre presos àquilo. Parece que aquilo não desgruda de nós. Não sai. Ou então apenas adormece. E acorda sem darmos conta ou querermos. E perdemos o nosso precioso tempo a matutar naquilo! Perde-se bastante tempo nas preocupações. Se juntássems esses minutos, horas todas.. Ui! Quase que dava uma vida! Vá, de uma forma exagerada. Não levando isto à letra. Mas gasta-se muito tempo nestas coisas que teimam em chatear. Que nos dão dores de cabeça. Noites mal dormidas. Horas a olhar para o dia de ontem a tentar arranjar solução. Mas a solução está em arranjar alguma coisa para fazer. Ocupar o tempo com algo que gostemos. Com que nos sintamos bem. Que nos faça passar um bom bocado. Que nos ponha bem-dispostos. Que nos ocupe a cabeça. E também a alma. Que pareça que somos daquelas pessoas muitas ocupadas. Mas ocuadas com coisas que queiramos. E que nos ocupem no verdadeiro sentido da palavra. Que ocupem o lugar das preocupações. Que consigam mesmo efectuar essa árdua tarefa de substituir o lugar de algo. É sempre díficil Mas consegue-se. Com o tempo trocam-se preocupações por ocupações.
Troca-se uma coisa por outra. Uma pessoa por outra melhor. Quando assim tem que ser.

estória §32


Viver é não deixar fugir o momento.
Nunca se espera que a úlitma vez seja a última vez.

É verdade. Nunca sabes quando vai ser a úlitma vez que tens a oportunidade fazer algo, de estar com alguem, de olhar, sentir, cheirar, tocar, abraçar, falar, ouvir, beijares.. Enfim, não sabes quando é a última vez de qualquer coisa. Não há qualquer modo de descobrires isso. De dizeres: agora é a última vez que.. Era bom. Porque ias fazer de tudo para aproveitar isso. Para que nada escapasse. Para que fosse perfeito. Para um dia mais tarde recordares. Para ser algo maravilhoso de lembrar. Por isso, como não é assim, só há uma coisa a fazer. Não deixes fugir nenhum momento. Porque aquele que pensas que não vai voltar, vai-se repetir montanhas de vezes. E o outro, que pensas que se vai realizar outra vez, podes não voltar a vivê-lo. Não deixes fugir nada à tua volta. Dos sítios que mais gostas. Das pessoas que mais estimas. De todas as coisas que de certo modo dizes serem tuas, porque te querem dizer alguma coisa. Não deixe que isso tudo te escape só porque não pensaste que pode ser a última vez. Porque não sabes se é mesmo. Pelo sim, pelo não, mais vale prevenir.
E não deixares fugir o momento.

estória §31


Muitas vezes ir atrás do que nos sabe bem significa abdicar do que sabemos ser o "correcto". 
*Anamotmia de Grey 

Em algumas alturas da nossa vida acontece isto. "
Nem sempre o que queremos é bom para nós". Certamente já ouviste alguém dizer isto a ti ou a outra pessoa. E até tem uma certa lógica. Há coisas de que nós não gostamos mas que acabam por ser o melhor para nós. "É melhor assim. É melhor para ti". Dizem-nos. Às vezes, vezes sem conta. Mas naquele momento isso não parece ser o melhor para nós. Ficamos irritados. Porque não nos deixam fazer o que queremos? Não é? Na altura, parece que ninguém está do nosso lado. Mas mais tarde sabemos dar valor a isso. E afinal parece que tinham razão. Às vezes. Nem sempre. Se não formos atrás do que queremos e acreditamos, quem vai? Para que serve a vida se não arriscarmos um bocado? Se não lutarmos pelo que queremos? Nós lá no fundo sabemos o que é "correcto". Melhor para nós. Mais acima disso sabemos o que nos sabe bem! E para ir atrás disso escondemos o que sabemos ser o "correcto". Tapamos os olhos. Às vezes é preciso não ver o correcto para se poder ser feliz. Para podermos ser felizes naquele momento. Porque a felicidade está naquele momento. Então que seja! Que isso saiba bem e que seja eterno. Só naquele momento. Que abdiquemos do que achamos ser o "correcto". Para depois não nos arrependermos. É preferível sermos felizes um momento que seja do que estarmos sempre a pensar como teria sido somente porque não era o mais correcto e então não o fizemos. 
Mas acima disso sabemos o que nos sabe bem! E para ir atrás disso escondemos o que sabemos ser o "correcto".

estória §30


Apenas uma pergunta. Ou melhor, a mesma pergunta para várias perguntas. Porquê? Só quero saber isso. Mas não dizes. E acho que não vais dizer. Apesar de querer pensar que sim. Esperemos para ver..

estória §29


Todos os dias aprendes. Veste a roupa que tanto gostas e bota o perfume mais caro que guardaste para aquele dia. Vai à luta, mesmo que tropeces ou te magoes. Se não arriscares nunca saberás. Amanhã nada te garante que o teu sopro de vida não acabará. Sai de casa, bebe um shot, diz aos teus melhores amigos que os adoras, diz aquele que te completa o quanto o amas, agradece aos teus pais, bate palmas e salta. Estás vivo. 
*Margarida Rebelo Pinto

Cada vez mais que nunca temos que aproveitar o dia. Tens que o aproveitar como se fosse o último. Faz tudo o que queres fazer. Diz tudo o que queres dizer. Pensa tudo o que queres pensar. Aprende tudo o que poderes. Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje. É isso! Veste aquela roupa que tanto gostas. Anda bonita. Sente-te bonita. Nunca se sabe se não é o dia. Coloca aquele perfume para os dias especiais. Sabes lá se hoje não é um deles? Come aquele doce que tanto gostas. Gorda? Gorda não. Saciada e feliz sim! Levanta-te de todas as vezes que caíres. Aprendes sempre algo com isso. Nem que seja como cair outra vez. Diverte-te sozinha ou com alguém. Dá uma enorme festa ao teu animal de estimação. Ele é um grande amigo. A sério. Aproveita tudo. Diz a quem gostas o quanto gostas. É bom ouvir isso. Abraça. Ri. Lembra. Chora. E fica feliz. Vai sair e que seja só ramboiada! Sonha acordada e a dormir. Sonha em coisas impossíveis a pensar que um dia, quem sabe, não se concretizam. Mas não te esqueças que também podem não passar de sonhos. E aí.. Bem, continua a sonhar. Faz tudo como se fosse o dia e não mais um dia. Nunca sabes o que te vai acontecer hoje. Sabes lá se não será o dia!
Não deixes para amanha o que podes fazer hoje.

estória §28


Entram-nos pianos pela alma adentro ao longo da vida. Por vezes contamos com eles, mas quando entram mesmo, aí ficamos sem saber o que fazer e desarrumamos a sala toda à procura de um sítio para o pôr. E lá nos adaptamos a esse piano. Mudamos o que for preciso para que ele caiba lá. Aonde estava tudo tão equilibrado. Mas arranjamos modo de ele lá ficar. Acomodamos-nos. Até que entra outro e volta tudo ao início. A vida pode resumir-se a um entrar e acomodar de pianos. Parece uma visão diferente da coisa, não é? Pianos.. Há vários tipos de pianos. Há uns que ficam 5 estrelas! Era mesmo aquilo que queríamos e precisávamos. Como puderam adivinhar tal coisa? Uma pessoa até fica espantada! Serve diretinho na sala. Não é preciso fazer muitas mudanças e combina mesmo com o que já estava lá. Há uns que dão mais trabalho. Se calhar não estávamos a contar tanto com eles. Não estávamos tão preparadas para o receber. Mas lá se arranja solução. Um jeitinho aqui, outro ali. As coisas lá se compõe. E passado um tempo, já faz parte da mobília, como se costuma dizer. Há pianos bons e maus. Há uns que entram pela janela assim com o vento. Será possível? É. Não estamos mesmo nada à espera. Nem sabíamos que a janela estava aberta. E olha! Entrou e não demos conta. Não percebemos o porquê. Não tinha razão para entrar. Mas entrou. E por um lado acomodamos-nos a ele e acabamos por gostar do piano. Por outro lado, parece que não fica nada bem lá na sala. Parece a mais. Há qualquer coisa nele que não gostamos. Mas também gostamos. Estes servem para nos por à prova. Para nos testarem. Gostamos mas não o podemos ter. Não estávamos à espera mas acabámos por gostar. Só que não fica bem na sala. Era preciso desarrumar demasiada coisa para o pôr lá. E tinha-se que lhe dar uns retoques. Tinha-se não só que mudar a sala como o próprio do piano. É pena. Porque eu até gostava (e gosto) do piano.
Gostamos mas não o podemos ter.

estória §27


Há que desenvolver uma estratégia completa e cortar o mal pela raiz. Acreditar na máxima «longe da vista, longe do coração» - a qual nem sempre resulta, mas vale a pena tentar - e não telefonar, não enviar mensagens, não marcar encontros, a todo o custo não ver a amêijoa. por melhor que ela seja, é um prato que pode sair caro, com risco de envenenamento, para o qual ainda não foi inventado nenhum antídoto eficaz. 
*Margarida Rebelo Pinto 

Quando algo assim acontece, creio que o melhor mesmo é cortar o mal pela raiz. Custa, mas o melhor é não ver a dita amêijoa. Podemos ver o lado positivo da coisa, ao menos não gastamos dinheiro a comprá-la. Quer dizer, se for para nós cozinharmos. Se formos a casa de alguém e houver amêijoa para a refeição.. Bem, nesse caso, não sei o que se faz. Nunca estive nessa situação. Nunca vi assim a amêijoa sem esperar. Por isso não sei o que se faz em situações assim. Não sei se o melhor é comermos para não fazer desfeita à dona da casa ou se é melhor dizermos que não estamos muito bem do estômago e o melhor é não abusar nos mariscos. Não sei o que é melhor. Mas assim por instinto não fazia a desfeita à dona da casa e comia a amêijoa.Mas para dizer a verdade, eu não gosto de marisco. Mas também quando vou a casa de alguém e não gosto da comida, como menos, não é assim que se faz? Mas depois parece-me que não devíamos fazer isso. Então onde fica o cortar o mal pela raiz? Pois.. depois não há antídoto para o envenenamento. Assim, o melhor mesmo é perguntar se vai haver amêijoa antes de irmos a algum sítio. Se houver, é simples. Não vamos. Não há encontros para ninguém. Longe da vista, longe do coração. Difícil e não é 100% fiável. Mas ajuda. E se ajuda, é bom. Ou não. 
Mas para dizer a verdade, eu não gosto de marisco.

estória §26


Ora com tantos sapos no mercado, bem vestidos, cheios de conversa e tiradas poéticas, como é que não nos enganamos? É fácil. Primeiro, é preciso aceitar que, às vezes, nos enganamos mesmo. E depois, é preciso acreditar que, um dia, podemos ter sorte. E como o melhor de estar vivo é saber que tudo muda, um dia muda tudo e ele aparece. Depois, é só deixá-lo ficar um dia atrás do outro... Se for mesmo ele, fica. 
*Margarida Rebelo Pinto

Como em tudo na vida. Se tiver de acontecer acontece. Se não aconteceu como querias ou esperavas. É porque teve que ser assim. Tinha que acontecer para aprenderes alguma coisa. Porque há muitos sapos no mercado. E nem todos são prícipes. Pois é. Tu bem querias, não era? Encontrares um príncipe logo que primeiro sapo que vês. Mas não. Esses sapos que vais encontrando, servem para de divertires, aprenderes. Um dia quando menos esperares apaprece aquele que é mesmo um sapo como deve ser. Ou seja, que depois se transforma em príncipe! Como sabes isso? Bem.. Tens que procurar. Vais te enganar algumas vezes. Vais ficar frustrada contigo por ainda não o teres encontrado. Por não ser quem tu queres (ou pensas que queres). E um dia, quando não deres conta vem outro sapo. Mas não um outro qualquer. E depois é só deixa-lo ficar um dia atrás do outro. E vais ver, se for memso ele, fica. 
Um dia quando mesmo esperares aparece aquele que é mesmo um sapo como deve ser!

estória §25


Mudanças. Nós não gostamos delas. Nós as tememos. No entanto, não conseguimos evitá-las. Ou nos adaptamos às mudanças, ou somos deixados para trás. Crescer é doloroso. Qualquer um que te disser que não, está mentindo. Mas aqui vai a verdade: às vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas. E às vezes, oh.., às vezes mudar é bom. Às vezes mudar é tudo. 
*Anatomia de Grey

Pessoalmente não gosto delas. Não sei bem o porquê, mas não gosto. Não gosto de pensar que vou para um sítio onde não conheço ninguém. Onde nada me é familiar. Não gosto. Gosto de conhecer as pessoas. Conhecer o lugar à minha volta. Pode-se dizer que gosto de ter as coisas algo controladas. Algum problema nisso? A meu ver não. Afinal, apenas não gosto de mudanças. Como alguém que não gosta de alguma comida. Sim, é tal e qual isso. Não se gosta, mas às vezes tem de ser. Não controlamos tudo à nossa volta e por vezes temos de comer o que não gostamos tanto. Como quando vamos a casa de alguém e o jantar é aquela comida a que nós trocemos um bocado o nariz. Eu cá faço assim.. Não gosto, como menos. E quanto às mudanças é a mesma coisa. Por vezes não tenho como escapar delas. Como não consigo encontrar nada melhor que ela, vou e mudo. Porque é preferível ir na mudança do que ser deixado para trás. Vá, não se apanhar a onda. Assim, lá faço a mudança. Nessas situações prefiro pensar que teve mesmo que ser. Que não havia outra hipótese. Porque há coisas que têm mesmo que acontecer na nossa vida. Para podermos crescer e aprender. Sei que não gosto. Mas também nunca ninguém me disse que a vida era cheia só de coisas de que gostamos. Por isso, com mais ou menos vontade. Gostando mais ou menos. Lá no fundo, não querendo muito. Muda-se. Porque às vezes mudar é bom. Mudar é tudo. E quanto mais as coisas mudam, às vezes acabam por ficar iguais. Não digo iguais no seu verdadeiro sentido. Mas apenas iguais. Porque no fim, depois de um tempo. As coisas na nossa vida acabam por voltar a ser iguais, de certo modo. Só de certo modo. Pois se houve mudança, foi para elas não ficarem iguais. E depois lá voltamos ao mesmo.
Às vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas.

estória §24


Pelo que vale, nunca é tarde demais... ou no meu caso, cedo demais. Que sejas o que queres ser. Não há limite de tempo, podes começar quando quiseres. Podes mudar ou ficar na mesma. Não há regras para isso. Podes escolher o melhor ou o pior da vida. Espero que escolhas o melhor da vida. Espero que vejas coisas que te surpreendam. Espero que sintas coisas que nunca sentiste antes. Espero que conheças pessoas com diferentes pontos de vista. E espero que vivas uma vida de que te orgulhes. E se achas que não és capaz, espero que tenhas a força... para começar de novo... 
*Benjamin Button

Nunca é tarde para nada. Mesmo que penses que é. É sempre tempo de fazeres o que queres fazer. De dizeres o que queres dizer. De pensares o que queres pensar. Há tempo para estares onde queres estar. Para seres o que queres ser. Para mudares se assim achas que deves. Tens tempo para tudo, acredita! Acredita e vive! Aproveita tudo. Principalmente o melhor que a vida de der. O melhor que conseguires tirar dela. Porque se não souberes tirar alguma coisa dela.. Bem, não terá valido tanto a pena. Mas tu vais conseguir fazer isso. Tens força para tal, mesmo quando pensas que não tens.. Lá no fundo nasce algo em ti que te faz ter essa vontade! E ficas surpreendida contigo mesma! E ganhas algo. Consegues algo da vida. Mais uma coisa de que te orgulhas. E houve tempo para isso. Tempo para te depares com isso. Tempo para pensares que não conseguias. Tempo para ir buscar a força adormecida. E tempo para ganhares. Tempo para começar de novo...
Lembra-te: Pelo que vale, nunca é tarde de mais..

estória §23


Se a tua voz trouxer mil vozes para cantar, vais descobrir mil harmonias belas que ao céu hão-de chegar. (...) Tu tens que dar um pouco mais do que tens, tens que deixar um pouco mais do que há. Se vais ficar muito orgulhosos, vê bem! Tens que te lembrar.. És um grãozinho de uma praia maior e deves dar tudo o que tens de melhor! (...) Olhou para o céu, sentiu que a sorte estava ali, e com valor foi conseguindo tornar bom o que até era mau. 
*Grupo das Terças

Tu és um grão de uma praia maior. És uma migalha. Mas sem ti a praia estaria incompleta. Podes pensar que és pouco. Que és pequena. E que se tu não estivesses ali, não se notaria. Mas não é nada assim. Isso que pensar está tudo mal! Tu és um grãozinho. E dás tudo o que és. Tudo o que podes. Tudo o que tens de melhor. Por isso és essencial. E no fim, no fim vais ficar orgulhosa do que és. Do que deste. Vais descobrir que existem harmonias belas. Que chegam a todo o lado. Graças ao que tu desde. Ao teu melhor. Vês..? Vês como o pouco que pensas que és.. Vês como isso é importante? Vais sentir-te muito melhor. Vais olhar para as coisas com outros olhos. E vais sentir-te a pessoa com mais sorte no mundo! Porquê? Porque desde um pouco mais daquilo que tens e que és. e com isso conseguiste mudar muita coisa à tua volta.
Apenas tens que te lembrar.. És um grãozinho de uma praia maior.

estória §22


Quando já nada é intacto, quando tudo na vida vem em pedaços e por dentro me rebenta um mar
Quando de repente num segundo, qualquer coisa me vira do avesso e desfaz cada certeza do meu mundo 
*Mafalda Veiga

Existem momentos em que o mundo onde vivemos desaba. Sentes que tudo à tua volta está da maneira que tu não querias. Não sabes como nem porquê isto aconteceu. Ou sabes, mas achas que não era motivo para tal acontecer. Verdade? Já passei por isso e sei o que sentes. Como te sentes. Que só te apetece chorar. Desaparecer ou que tudo parasse e quando o relógio começasse a trabalhar de novo, tudo já estivesse voltado à normalidade. Verdade? As coisas nem sempre correm à tua maneira. Pois é.. Tens que te habituar a isso. São estas coisas que te fazem mais forte. Aprendes algo e cresces. Custa. Eu sei. Mas é assim. Tudo o que vale a pena dá trabalho e custa. Se não para quê tanto esforço? se não valesse a pena. Respira fundo. Fala tudo. Deita tudo cá para fora. Chora o que tiveres que chorar. Depois vai passear. Ou faz outra coisa qualquer. Mas dá a volta à vida. Se algo te virou do avesso.. Então vira a vida do avesso. Vira-te do avesso e constrói outra vez as tuas certezas. As certezas do teu mundo. Desafia-te a ti própria e sai disto com um sorriso na cara. Vence-te a ti própria. Podes estar a pensar que é difícil. Mas vais conseguir. Com alguma força e persistência.
Vira-te do avesso e constrói outra vez as tuas certezas.

estória §21


Sem o amargo, o doce não seria tão doce. 
*Vanilla Sky

Se não houvessem opostos não conhecíamos nada. Se não houvesse o feio, como saberíamos que alguém é bonito? Sem o gordo não existia o magro. Sem o amargo, não conheceríamos o sabor do doce! Se em toda a nossa vida não houvessem derrotas, como saberíamos que vencemos em alguma coisa? Se gostássemos de toda a gente, o coração não bateria por aquela pessoa em especial, pois ela seria iguais às outras, assim não gostamos de todos. É importante sermos diferentes, existirem diferentes coisas, coisas opostas. Para podermos dar o devido valor a tudo o que temos. Tens coisas doces na vida? Tens amigos, mesmo que poucos? Tens alguém por quem o teu coração bate? Tens alguém cujo o seu coração bate por ti? Tens dinheiro para seres feliz? Tens sonhos por realizar? Tens coisas que preferias não ter? É claro que tens! Tens tudo isso e muito mais. Parece-te que não? hum.. Pensa melhor.. Olha melhor à tua volta e verás que tens tudo! Tens o amargo, que te fará sorrir com o doce. Tens inimigos, que te farão dar valor àqueles de quem gostas. Tens pessoas que te são indiferentes, e farão com que saibais quem te é especial. Tem sempre que haver algo menos bom. Para se poder dar valor às coisas boas da vida. E as melhores são aquelas mais pequenas. Podes pensar que não. Mas aí é que está o problema. Depois de pensares parece que não são. Não penses e verás como é verdade.
Sem o amargo, o doce não seria tão doce.

estória §20


"Para tornares alguma coisa especial, só tens de acreditar que é especial" 
*

Para fazeres algo apenas tens de creditar que consegues. Se acreditares em ti próprio. Na tua força interior vais conseguir. De certeza que já ouviste isto.. Alguém te o disse. E é bom ouvir-lo, não é? Saber que alguém acredita que tu consegues. Acho espantoso! Como é que os outros podem acreditar em ti quando tu própria não acreditas? Se sentes que não consegues, como vão os outros saber por ti? Sabes porque é que tu não "te acreditas"? Eu acho que é por estares demasiado dentro da situação, do assunto. Estás de tal maneira absorvida que não vês mais nada! E não consegues perceber coisas que para quem está de fora são tão simples. É por isso que eles sabem que tu consegues! Às vezes também difícil que os outros acreditem que nós vamos conseguir.. Aí é pior! Quer dizer.. Não tens aquele descanso como quando escutas alguém dizer-te: 'Acredita em ti, tu consegues'. Sim, porque é um descanso ouvir-se tal coisa. Para algo ser especial, só tens que acreditar que ele o é. Se formos a ver bem, tudo na vida é assim. Porque é que quando se faz anos é especial? Porque acreditamos que é. Se não acreditássemos, era um dia igual a tantos outros. Porque é que gostamos de certas pessoas? Porque de algum modo são especiais para nós! Acreditamos neles! Não é verdade? Não posso falar muito.. Ainda ando a ver se isto é mesmo verdade. Mas parece que sim! Pelo menos na parte em que temos que acreditar para algo ou alguém ser especial. Em relação a acreditar em nós para conseguirmos fazer alguma coisa.. hum.. Cheira-me mais difícil! Mas, como tudo na vida, acho que vale a pena tentar. Assim como assim, não custa nada!