estória§173

Será que te lembras de mim? Que nesta semana que passou, eu andei pela tua cabeça? Nem que fosse só por um momento. Tu passaste pela minha. Praticamente todos os dias para não dizer que foram todos os dias. Lembrei-me de ti, da nossa conversa, que li e reli. Não sei. Não sei o que sentir, o que pensar ou o que fazer. Queria que as coisas tivessem começado de outra maneira. Uma parte de mim quer acreditar piamente que dizes a verdade. Outra parte está magoada e irritada e não acredita em nada do que possas dizer para a outra parte de mim prevalecer. Dizes que não tenho interesse. E não tenho um interesse genuíno, de ser daqueles interesses à primeira vista, uma vez que eu sei quais foram as intenções iniciais e não querer isso. Quero mais e tu agora também dizes que queres mais. Mas eu não consigo acreditar nisso. Contudo balanço. E como balanço, queria apenas que as coisas tivessem sido diferentes. Porque se fossem diferentes, conseguiria se calhar que o interesse se tornasse mais vincado. Assim, eu não esqueço como as coisas foram. Não consigo. Não consigo dar uma segunda oportunidade. Porque o meu todo não está de acordo com isso. É uma luta interior. 'E se tivesse resultado?', é o que argumenta uma parte. 'E como ele já me deitou abaixo?', responde a outra. Já tivemos muitos momentos maus para algo que nem chegou a começar. Se fosse para ser, não teria de haver mais bons que maus? ... Quem me dera que tivesse sido diferente. Quem me dera.