estória§152

[Apertas-me o coração.] Quando nos lembramos de algo bom que já lá vai há um tempo atrás. Sabem como é a sensação? É mesmo essa. Relembrarmos um brinquedo de que gostávamos, um peluche que era o mais querido de todos mesmo que fosse já velho. Mas um dia deixamos de ter isso, sem percebermos como isso aconteceu por mais voltas que damos à cabeça não é clara a altura em que isso desapareceu da nossa vida. E fica a tal lembrança. Que simultaneamente nos faz sorrir e nos frustra por já não o termos. E dá o tal aperto no coração.


[Tu és assim em mim. Serás sempre, tenho essa sensação agora. Infelizmente.]

estória§151


Sinto que nunca vou ter isso. Não vou conseguir apanhar esse balão. Está demasiado alto para mim. Eu bem me estico. Meto-me em pontas dos pés. Estico um braço o mais alto que posso. Mas não é suficiente. Nunca é. Existe sempre alguém que é mais alto. Também não é difícil. Mas há sempre outro alguém que agarra esse balão por mim.

Porque é que os balões não voam baixinho?