estória §104


Mais um dia e acaba 2011. Um milésimo de segundo apenas. É o suficiente para algo acabar. É o suficiente para algo novo ter lugar. Para se (re)começar do zero. Quer dizer, pode-se (re)começar em qualquer altura, mas nesta em específico todas as pessoas (re)começam mesmo que não queiram. Volta tudo ao início. E novos dias se avizinham. Novos dias que vão voar como os deste ano. Passou tudo tão rápido. Ainda está tão fresco na memória as coisas que aconteceram há um ano atrás. As coisas que aconteceram no início de 2011. Os sorrisos que haviam, o desejo de algo novo começar, a pressa da escolha do estágio, a esperança que havia no coração. Ainda parece que foi ontem. Mas tudo passou num abrir e fechar de olhos. Algumas lágrimas vieram, o desejo foi mudado, a pressa cessou e deu lugar ao cansaço e a esperança fugiu do coração por uns longos meses. A vida mudou neste ano. Mais trabalho, menos tempo com as pessoas que gostamos. Pessoas novas entraram na nossa vida, umas já a contar, outras de uma forma inesperada que vieram melhorar os dias. Vieram trazer um bocadinho de esperança ao coração, mas este continua meio preso ao passado. Por mais que chegue um novo ano, que haja um novo (re)começo, há coisas que ficam para sempre em nós, “nódoas” que não saem por mais que se tente. Mas para contrabalançar, há bons momentos que nos aquecem o coração e que também ficam gravados em nós. E são esses que nos dão força para continuar de cada vez que caímos ou encontramos uma dificuldade. É isso que fica no fim. O que aprendemos dos erros e o que nos fez continuar. É o que fica para o novo ano. E é isso que no fundo todos queremos. Porque toda a gente erra e todos nós precisamos de algo do nosso lado.
Bom Ano 2012!

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