estória §64


Sábio ou embriagado? 8 ou 80? Na vida há sempre extremos. E há sempre alguém que vive nesses extremos. É bom? É mau? Sim. Não. Depende da pessoa. Há pessoas para tudo. Por isso há quem viva sábio e também quem passe a vida embriagado. Aqui estão dois estilos bem diferentes de viver. Sábio aquele que vive em linha recta. Aquele ser humano que não se deixa influenciar com nada, que mantém uma certa distância dos acontecimentos, sejam eles bons ou maus. Sim, podemos chamá-lo de pessoa “fria”. Que parece que não fica feliz com nada, mas também não se vai abaixo quando algo de menos bom ocorre. Nada o aquece nem arrefece. É “insensível”? Sim, se calhar é como as outras pessoas o vêem. Pois bem, no pólo oposto está aquele sujeito que anda sempre embriagado. Entenda-se por embriagado não a pessoa que anda sempre bêbedo de vinho, mas aquela outra pessoa muito emocional, tal como uma pessoa bêbeda, as emoções estão sempre bastante presentes, sejam elas boas ou más. Acontece algo de positivo e lá está essa pessoa a pular de alegria, acontece algo de menos bom e essa pessoa está de rastos como se fosse o fim do mundo. É a dita pessoa que chora por tudo e por nada ao mesmo tempo que sorri sem mais nem menos. Tudo é vivido com demasiada emoção. Ambos estes tipos de pessoas são sem dúvida muito extremistas. E uma vida destas não é algo que seja muito convidativo. Então… Viver como? Seguindo um ditado: “No meio é que está a virtude”. Acho que é bom termos um bocadinho de cada um destes extremos. Por vezes, era bom manter a distância de certas coisas que nos acontecem. Sermos frios e não nos importarmos com isso. Seguirmos o caminho sem alterar a velocidade dos nossos passos. Ficarmos seremos independentemente do tão mau que seja o acontecimento. Sermos fortes o suficiente para manter as emoções fora do barulho. Sermos o mais racional possível. Mas nem sempre (ou melhor, raramente) conseguimos ser assim tão frios. E as emoções vêm sem darmos conta delas. Apoderam-se de nós e do nosso pensamento. Ficamos totalmente sem pensar. São emoções por todos os lados. Há situações assim, numas pessoas mais, noutras menos, mas este turbilhão de emoções existe. O que dava mais jeito nestes casos era conseguir-se controlar um pouco isto. Rodar o botão do “volume” da quantidade das emoções, de modo a diminuir as emoções que temos, para que não fossem tão fortes. Isso seria o ideal. Mas não. Ninguém disse que a vida seria perfeita. E ela não é mesmo. Há que sabermos tirar o maior partido de tudo. Aproveitar tudo. De bom e de menos bom. Com tempo, uma pessoa pode aprender a vivenciar melhor certas situações. Vamo-nos conhecendo melhor a nós próprios, às nossas emoções e aos nossos pensamentos. Não devemos sempre afastarmo-nos dos acontecimentos e das pessoas. Temos que nos envolver, para vivermos. Mas temos que saber gerir o que se passa cá dentro para não sermos demasiadamente emotivos. Tem que haver um equilíbrio. Como em tudo na vida.

1 comentário:

Rita disse...

Tinha que sair qualquer coisa de bom daquela aula! Me like it =) **