Por
vezes não percebemos o que uma pessoa nos faz sentir. Não conseguimos descobrir
as sensações que ela nos provoca. É como se estivesse enublado. Sabemos que há
lá algo, mas não o que é. Mas independentemente disso gostamos da sua companhia,
das conversas, dos risos e começamos a ligar-nos a ela. E quanto mais tempo
passa, mais sentimos que gostamos de estar com ela, que queremos isso. Tudo
isto se torna muito confuso. Tudo isto pode levar a uma insegurança.
Insegurança por se estar a ir por um caminho que não se conhece. Como que se tivéssemos
um mapa mas simplesmente não nos conseguimos orientar, pois não entendemos nada
do que está lá escrito, numa língua que não conhecemos. E esperamos de uma
forma um pouco desesperada que as coisas se tornem claras, que encontremos
alguém no caminho que nos entenda, que apareça uma placa com palavras
reconhecíveis e que nos deixe menos confusos. E enquanto isso não chega,
imaginamos isso e começamos a ter expectativas, algumas se calhar grandes de
mais. Podemos até ter medo. Medo de não sabermos onde nos estamos a meter. Medo de acabar no mesmo sítio, no sítio de onde queríamos sair.
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