Crescer é difícil. Quem dizer o contrário é porque se calhar ainda
não cresceu. É difícil ser
adulto. É difícil ter responsabilidades. É difícil perceber melhor as coisas do
que outrora. É difícil aqueles dias em que a vida pode ser tão dura connosco,
como nunca antes tínhamos imaginado. E isso torna-nos pequeninos, crianças que
só querem chorar e só querem que haja alguém que as abrace e diga que já vai
passar. Há dias que ficamos assim e só isso nos consola. E então, há dias que conseguimos
isso, que arranjamos esse alguém que nos aquece o coração. Mas há outros em que
estamos sozinhos, em que temos que ser o nosso próprio consolo e tratar o
melhor possível de nós próprios mesmo que a vontade não seja nenhuma. Nesses
dias mostramos o forte que somos, que conseguimos seguir em frente
sozinhos quando tudo à volta nos deita a baixo. Há pessoas que gostam mais
assim – sozinhos resolvem as coisas melhor, não precisam de ninguém; e depois
há quem precise do ombro amigo, do abraço que pode salvar o dia. Isso pode ser
tudo.
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