Será que te lembras de mim? Que nesta semana que passou,
eu andei pela tua cabeça? Nem que fosse só por um momento. Tu passaste pela
minha. Praticamente todos os dias para não dizer que foram todos os dias.
Lembrei-me de ti, da nossa conversa, que li e reli. Não sei. Não sei o que
sentir, o que pensar ou o que fazer. Queria que as coisas tivessem começado de
outra maneira. Uma parte de mim quer acreditar piamente que dizes a verdade.
Outra parte está magoada e irritada e não acredita em nada do que possas dizer
para a outra parte de mim prevalecer. Dizes que não tenho interesse. E não
tenho um interesse genuíno, de ser daqueles interesses à primeira vista, uma
vez que eu sei quais foram as intenções iniciais e não querer isso. Quero mais
e tu agora também dizes que queres mais. Mas eu não consigo acreditar nisso.
Contudo balanço. E como balanço, queria apenas que as coisas tivessem sido
diferentes. Porque se fossem diferentes, conseguiria se calhar que o interesse
se tornasse mais vincado. Assim, eu não esqueço como as coisas foram. Não
consigo. Não consigo dar uma segunda oportunidade. Porque o meu todo não está
de acordo com isso. É uma luta interior. 'E se tivesse resultado?', é o que
argumenta uma parte. 'E como ele já me deitou abaixo?', responde a outra. Já
tivemos muitos momentos maus para algo que nem chegou a começar. Se fosse para
ser, não teria de haver mais bons que maus? ... Quem me dera que tivesse sido
diferente. Quem me dera.
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