Por vezes, quanto mais se pensa pior é. Há que ter a cabeça no lugar e
ponderar as coisas. Mas há coisas que não são para ser ponderadas. São para ser
sentidas. E assim, quando mais se pensa, mais se baralha o que se sente. Eu
tinha uma certeza, ou algumas certezas. Estava sol. E eu tinha certeza disso.
Estava aquele sol que nos aquece alma. Como eu tanto gosto. E digo mais uma
vez, que eu tinha a certeza. Mas depois algo muda. O céu muda. Aparecem as
nuvens e o vento. A alma começa a arrefecer. E as nuvens teimam em ficar. E é
aí que se começa a pensar. Pensa-se e torna-se a pensar. Às tantas, já não se
faz mais nada se não isso. E depois… E depois perdemo-nos nessa confusão que se instala de tanto pensar. Ansiamos por um mapa. Ansiamos por alguma orientação.
Mas não há. Nisto não há mapas. Não há caminhos traçados que possamos seguir. Nisto há apenas sentimentos. Há apenas aquele
sol que nos aquece a alma.
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